quarta-feira, 6 de abril de 2011

Comentários dos alunos

Nós gostamos de fazer este trabalho do blog , porque ele além de nos fazer pesquisar bastante  sobre o autor e o livro, ele também ajudará muitas pessoas que estão em busca de algo sobre o livro, principalmente para o vestibular.


Esse foi o nosso trabalho, e esperamos que gostem :D

terça-feira, 5 de abril de 2011

Estilo

Manuel Antônio de Almeida utiliza uma linguagem que se aproxima da jornalística, o que torna claros e objetivos os seus textos. Outro aspecto é a utilização de personagens comuns na época, como o barbeiro, a parteira, o major, tornando, assim, a história mais próxima do leitor.
Memórias de um sargento de milícias foi escrito em forma de folhetim (os capítulos eram publicados em seqüência nos jornais da época, o que prendia o leitor, pois deixava um suspense em relação ao capítulo posterior). Essa característica é utilizada atualmente em novelas, como um resquício do folhetim, com a finalidade de colocar o telespectador em suspense.
Essa forma de provocar o suspense no leitor pode ser observada neste trecho, que é o final de um capítulo:
Um grito de espanto, acompanhado de uma gargalhada estrondosa dos granadeiros, interrompeu o major. Descoberta a cara do morto, reconheceu-se ser ele o nosso amigo Leonardo!....


Em alguns trechos, o narrador é onisciente, ou seja, ele sabe todos os pensamentos dos personagens. Exemplo são as passagens em que o narrador "entra" no pensamento do personagem:
Pois enganava-se redondamente quem tal julgasse: pensava em coisa muito mais agradável; pensava em Luizinha. Pensando nela não podia, é verdade, abster-se de ver surgir diante dos olhos o terrível José Manuel.


A obra é muito importante por ser de transição do Romantismo para o Realismo e por ser uma crônica de costumes.
Além disso, é usada metalinguagem (explicar sobre o próprio processo narrativo), técnica do leitor incluso (conversa com o leitor) e digressão (interromper a narrativa para que o narrador faça um comentário sobre assunto paralelo).

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Curiosidades:

Memórias de um sargento de milícias é um romance de Manuel Antônio de Almeida. Foi publicado originalmente em folhetins no Correio Mercantil do Rio de Janeiro, entre 1852 e 1853, anonimamente. O livro foi publicado em 1854 e no lugar do autor constava "um brasileiro".
A narrativa de Memórias de um sargento de milícias, de estilo jornalístico e direto, incorpora a linguagem das ruas, classes média e baixa, fugindo aos padrões românticos da época, onde os romances retratavam os ambientes aristocráticos. A experiência de ter tido uma infância pobre contribuiu para que Manuel Antônio de Almeida desenvolvesse a sua obra.
Destaca-se, ao lado de O filho do pescador de Antônio Gonçalves Teixeira e Sousa e A moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, entre as primeiras produções românticas da literatura brasileira.
Em Memórias de um sargento de milícias, as personagens são planas, ou seja, elas não mudam seu comportamento no desenrolar da história. Por exemplo a personagem principal, o memorando: Leonardinho, desde criança era travesso. Planejava vinganças, criava situações constrangedoras para quem ele não gostava, mas era amado por poucos como o seu padrinho e a comadre. Isso caracteriza o tipo pícaro, ou malandro nos termos cariocas. E até o final do livro Leonardinho não muda esse jeito pícaro de viver.
As personagens se destacam por traços gerais e comuns ao grupo que pertencem.Muitas personagens não têm nome pois são alegorias(representações simbólicas) do tipo de gente da época e da classe sócio-econômica a que pertencem.


O espaço físico apresentado na obra é o meio urbano brasileiro do século XIX. A história se passa no Rio de Janeiro, e descreve seus principais pontos, como igrejas, principais ruas, mas descreve também pontos bem à margem da sociedade, como acampamentos de ciganos e bares. Neste trecho, o autor descreve um acampamento cigano:
Moravam ordinariamente um pouco arredados das ruas populares, e viviam em plena liberdade. As mulheres trajavam com certo luxo relativo aos seus haveres: usavam muito de rendas e fitas; davam preferência a tudo quanto era encarnado, e nenhuma delas dispensava pelo menos um cordão de ouro ao pescoço; os homens não tinham outra distinção mais do que alguns traços fisionômicos particulares que os faziam conhecidos.


O autor retrata as classes média e baixa existentes na época, contrariando muitos românticos que retratavam a aristocracia. Quase em nenhuma parte, o livro retrata um ambiente aristocrático.
No trecho a seguir, sobre o batizado da irmã de Leonardo, pode-se observar como era retratado o meio social:
Estavam todos sentados, e o Teotônio em pé no meio da sala olhava para um, e apresentava uma cara de velho; virava-se repentinamente para outro, e apresentava uma cara de tolo a rir-se asnaticamente; e assim por muito tempo mostrando de cada vez um tipo novo. Finalmente, tendo já esgotado toda a sua arte, correu a um canto, colocou-se numa posição que pudesse ser visto por todos ao mesmo tempo, e apresentou a sua última careta. Todos desataram a rir estrondosamente apontando para o major.